Decisões apoiadas pelo grupo

Decisões apoiadas pelo grupo

O desafio dos dias de hoje é a busca de decisões diante de nossa inevitável submissão ao volume absurdo de informações vindas de todos os lados para os quais virarmos. Estar sozinho nessa empreitada pode se tornar um problema, com sérias consequências no desenrolar do processo e na implementação do resolvido. Muitas vezes uma eventual solidão no poder é causa de insegurança, dificuldades na organização e está inevitavelmente implícita nos cargos de direção.

Por outro lado, imagine uma tomada de decisão em grupo e os elementos envolvidos para tal tarefa, sentimentos diversos, egos, disputas de poder, entusiasmo, comprometimento, habilidades socioemocionais, disposição, entre outros. Imagine o quanto isso pode interferir no desenvolvimento do processo para a eventual obtenção de uma decisão que possa unir a todos que seja pragmaticamente…

Os dois casos estão no dia de um executivo.

Devemos observar que todo o processo decisório passa por fases que se bem pensadas podem minimizar os problemas. São elas:

  • Identificação precisa da demanda a ser discutida, o pleno conhecimento do objetivo ou meta a ser atingida.
  • Desenvolvimento de uma retórica compatível com a função que exerce, o que deve permitir a apresentação das expectativas e uma argumentação efetiva para os envolvidos no processo.
  • Definir a linha do tempo da questão colocada que permitirá o conhecimento de todos dos fatos que antecedem o objeto de estudo e o que se espera, quase um devaneio, mas de maneira clara.
  • Convergência cognitiva, pois até então o que aconteceu foi uma saudável divergência de ideias e propostas que permitiram a criação de um cenário propício à busca de soluções, de decisões. A convergência permite o foco e a criação de filtros que eliminam propostas levando àquela que será implementada.

É importante observarmos que essas fases acontecem quando o processo decisório ocorre de forma solitária ou em um grupo definido de pessoas.

A proposta nesse artigo é imaginarmos uma forma atitudinal que nos permita colocar todos os eventuais entraves gerados quando decidimos isoladamente ou em grupo, para jogar a nosso favor.

O segredo é estar entre pessoas qualificadas e interessadas nos fatos, na busca da decisão sem qualquer expectativa de estar vinculado a implementação ou os eventuais resultados obtidos, portanto, isentos de responsabilidade, e a elas colocar de forma precisa e direta o objeto da decisão.

O externar, explicando a linha do tempo, o que pressupõe do expositor um total entendimento da demanda a ser discutida e ao final dessa explanação, elaborar perguntas diretas ao grupo que expressem as eventuais dúvidas no processo decisório.

Esse grupo colocará a seu favor todos os elementos descritos que poderiam prejudicar uma decisão em grupo, ou seja, egos, disputas de poder, entusiasmo, comprometimento, habilidades socioemocionais, disposição, entre outros, pois não há, da parte deles, envolvimento com o que haverá de vir. Isso facilita o externar de opiniões.

O ponto nevrálgico dessa ideia é a formação desse grupo. Este deve estar composto por pessoas que tenham a mútua confiança, onde o sigilo deve nortear os diálogos para que, então, a exposição dos problemas, ideias, sugestões, propostas, aconteça de forma estruturada, mas livre do “peso” da responsabilidade.

O ambiente onde os problemas operacionais, estruturais estão neutralizados, com certeza o pensamento aristotélico fará sentido…

 “O todo é maior do que a simples soma das partes” 

Aristóteles.

O que é sucesso? Cases, por que discutir em grupo?
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