Em uma de minhas leituras deparei com a seguinte frase de Harvey MacKay, “mesmo o cavaleiro solitário não agia sozinho…” e isso me levou a pensar o quanto é importante saber trabalhar junto a outras pessoas ainda que essas pessoas, muitas vezes, não apareçam para serem vistas.
Observei um restaurante, o salão com clientes, a ante sala dos pedidos, a cozinha, a distribuição e constatei que quando tudo isso se alinha, o que acontece são momentos agradáveis para pessoas e prosperidade para o empreendimento. Observei que a improvisação é a arte da culinária e, nesse caso, muito se improvisa para a obtenção da perfeição que, como se sabe, é singular, é uma para cada pessoa.
Observei também que nem sempre é assim, existem outras organizações, outras pessoas para as quais o resultado é medido na capabilidade processual, ou seja, na repetição exata das tarefas que compõe o todo. E, assim, trabalham juntas.
Em uma noite de verão, sexta feira, os amigos resolvem fazer um churrasco no sábado. A euforia cresce com a perspectiva de um novo encontro e novas alegrias garantidas. A organização é perfeita desde o início do processo, alguém comprará a carne, alguém cuidará do carvão, alguém da cerveja, do violão, do arroz, do pão…, as tarefas se dividem e, como que por um milagre, todas as etapas são atendidas, as pessoas escolhem, a liderança migra, em um momento lidera o churrasqueiro, em outro o fazedor de drinks, em outro ainda o violonista… O churrasco acontece.
Na empresa, sob a égide da gestão de projetos, o trabalho em equipe é preponderante, deixou de ser discricionário para ser mandatório em todo o processo operacional. Uma equipe é formada para a realização de um projeto. A característica básica de um projeto é que tem um momento para começar e outro para acabar. As pessoas são escolhidas por competências complementares, estabelece-se o escopo, cronograma, recursos necessários, distribui-se atividades e mãos à obra. O projeto é concluído com sucesso.
Diante dessas observações busquei imaginar o que seria uma equipe de alta performance e a primeira coisa que me ocorreu foi que é preciso ser eficiente de forma eficaz. Ser eficiente quer dizer fazer a coisa certa enquanto ser eficaz é fazer a coisa certa da forma certa. Mas entendi que isso só não bastaria. Os resultados devem ir além do esperado, os custos aquém do previsto, a criatividade, que é fazer mais com o mesmo, deve estar presente, a inovação, que é fazer diferente, também.
Acho que agora ficou fácil…
Para constituirmos uma equipe de alta performance temos que ter pessoas que disponham da solicitude e o entendimento de um garçom, da capacidade de improvisar dos grandes chefes de cozinha, da capabilidade processual desenvolvida, da disposição dos organizadores de churrascos, do entendimento da migração da liderança em função do momento, do conhecimento das normas e procedimentos da gestão de projetos, da competência exigida e, principalmente, que escolham estar e não sejam escolhidas.
Acho que, daí, poderemos ter o melhor das pessoas.
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